Sem votos, tentando uma saída, Congresso adia decisão sobre aumento de cadeiras

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, solicitou mais prazo ao presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre, para a votação do veto do presidente Lula à legislação que aumentava de 513 para 531 o número de assentos na Câmara.

O objetivo do pedido é ganhar tempo para que Motta inicie um trabalho de articulação dentro das bancadas, visando à derrubada do veto. O foco principal são os parlamentares dos sete estados que seriam prejudicados caso o acréscimo de vagas não seja aprovado: Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul — entre eles, o estado de origem do próprio presidente da Câmara.

Além disso, Motta pretende dialogar com deputados dos estados que seriam beneficiados com a redistribuição: Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará e Santa Catarina.

O grande problema é o tempo. O STF havia determinado que a redistribuição das vagas, com base nos dados do Censo de 2022, fosse feita até 30 de junho passado. Caso o Congresso não o fizesse, a tarefa caberia ao Tribunal Superior Eleitoral, o que agora se aproxima como um desfecho inevitável.

Trata-se de um último esforço de Hugo Motta, mas há certo desânimo nos bastidores. Se a votação ocorresse hoje, não haveria votos suficientes no Congresso para derrubar o veto presidencial.

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