É ingenuidade imaginar que as duas semanas em que o prefeito Allyson Bezerra esteve na China, acompanhado da cúpula do União Brasil — sendo o único prefeito do partido no país convidado para a visita —, não tenham proporcionado uma aproximação privilegiada com os líderes da sigla e servido para acertar os ponteiros sobre sua candidatura ao Governo do Estado, com total apoio partidário.
O encontro de Allyson com a direção nacional do União Brasil sepulta de vez a especulação que dominou o noticiário político do Rio Grande do Norte no último mês: a suposta ida do senador Styvenson Valentim para o partido, com poder para controlar as decisões internas e definir candidaturas e alianças.
As conversas mantidas por Allyson na China com Antônio Rueda e ACM Neto — respectivamente presidente e vice-presidente nacional do União Brasil — elevaram seu nível de interlocução com o comando do partido. A partir de agora, Allyson não precisa mais de intermediários para tratar de assuntos estratégicos, nem mesmo do ex-senador José Agripino.
Quanto à hipótese de Styvenson assumir o controle do União Brasil, ela sempre careceu de lógica. Seria incoerente o partido abrir mão de seu principal nome nas pesquisas ao Governo do Estado e de uma nominata consolidada para deputado federal, em troca de um senador que não conseguiu sequer estruturar uma nominata de vereadores.
Por isso, considero verdadeira a informação divulgada pelo prefeito após seu retorno da China: de que recebeu apoio integral da legenda à sua candidatura ao governo, inclusive com garantias de suporte financeiro.
Para quem ainda alimenta a expectativa de que Allyson ficará sem partido, as notícias não são animadoras. Ao contrário: tudo indica que o União Brasil trabalha para mantê-lo sob suas asas.






