Não sei se o leitor deste blog teve a mesma impressão que eu tive sobre a missão que parece ter sido atribuída ao prefeito de Natal, Paulinho Freire, na tentativa de unificar os partidos de oposição no Rio Grande do Norte. De repente, Paulinho se tornou o responsável por promover essa paz pública.
A missão é ingrata. Paulinho participou da reunião da cúpula da Federação União Progressista — formada por União Brasil e PP — e saiu de lá praticamente encarregado de convencer Rogério Marinho a desistir da candidatura ao Governo do Estado. Pelo que me consta, em nenhum momento foi cogitada a possibilidade de a desistência partir de Allyson Bezerra, o nome já colocado pelo grupo.
Segundo o ex-senador José Agripino, “é um desejo de toda a Federação União Progressista que Allyson seja candidato a governador”. Considerando que Paulinho é membro da federação, essa declaração inclui implicitamente seu apoio à candidatura de Allyson e, por consequência, sugere que sua missão seria trabalhar pela desistência de Rogério.
Vale observar como Agripino define a missão de Paulinho: “Cada qual vai fazer a sua parte para fazer com que a união das oposições aconteça…”. E qual seria a parte de Paulinho? Obviamente, não é a de convencer Allyson a abrir mão da candidatura. Então, resta apenas uma alternativa: a desistência de Rogério.
Será mesmo que Paulinho aceitou essa tarefa?