O vice-governador Walter Alves tem sido de uma sinceridade sem igual em suas entrevistas e falas públicas sobre as eleições de 2026 e sobre o MDB. Virei fã. Sempre que é questionado, responde com clareza e sem enrolação. É claro que nem tudo lhe convém dizer, mas sua franqueza vai muito além da maioria que ocupa o mesmo palco político.
Ao ser perguntado por que abriu mão de disputar o Governo, já que o PT havia anunciado que a vez era dele, Walter explicou que, caso se candidatasse, anularia as chances de o MDB montar uma nominata competitiva para deputado federal e dificultaria a composição da chapa de deputados estaduais. Ele tem razão: com um nome à frente da chapa majoritária, o partido teria que negociar apoios, ceder espaços e dividir o bolo político.
Quando questionado sobre o futuro de Ezequiel Ferreira, foi direto: ele será candidato a deputado federal ou estadual. Walter explicou que a candidatura federal depende da formação de uma nominata sólida, que garanta segurança à eleição de Ezequiel. Caso não consigam, ele deverá disputar para deputado estadual.
Quanto à possível federação entre MDB e Republicanos, Walter admitiu essa possibilidade e foi claro ao dizer que, se ela se concretizar, o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias, provavelmente terá que buscar outro partido. Destacou ainda que, nesse arranjo, o MDB ficaria com o poder de decisão no Rio Grande do Norte.
As respostas de Waltinho são sempre claras, diretas e sem titubear. Enquanto isso, há pré-candidatos por aí dizendo que não querem, querendo; que não gostam, gostando; que não sabem, sabendo. Está na hora desse pessoal aprender uma lição.
