A pesquisa Quaest mostra Lula com 57% de desaprovação, gerando diversas explicações: escândalos, inflação, IOF. No entanto, a avaliação de governo é mais complexa e ligada à percepção de ineficiência na resolução dos problemas do dia a dia. A insatisfação parece refletir um sentimento geral de má gestão, algo que também afetou Bolsonaro. A desaprovação não é exclusivamente contra o governante, mas contra o governo como instituição. Por fim, a avaliação negativa não determina, por si só, o resultado eleitoral.
A ausência de declarações públicas da senadora Zenaide Maia em favor da aliança PT-PSD gerou cobranças diretas de lideranças petistas, como Fernando Mineiro, Francisco do PT e Cadu Xavier. O PT desconfia de uma possível aproximação de Zenaide com Allyson Bezerra. Internamente, o partido teme que uma chapa conjunta favoreça mais Zenaide do que Fátima Bezerra. Por isso, a pressão visa antecipar definições estratégicas.
Às vésperas da filiação ao PP, o deputado Robinson Faria enfrenta perdas importantes. O deputado estadual Doutor Kerginaldo e prefeitos do Oeste anunciaram apoio a Juninho do Saia Rodada. Com a disputa acirrada na federação União Progressista, Robinson precisa reestruturar sua base. Aposta agora em alianças regionais, como com a prefeita de Baraúna.
A senadora Zenaide Maia enfrenta um dilema político com múltiplos caminhos e riscos. Entre alianças com Fátima Bezerra ou com Allyson Bezerra, cada escolha tem um preço. Do apoio do PT ao veto do União Brasil, tudo pesa no cálculo eleitoral. Com Styvenson e Fátima favoritos, até mudar de cargo pode ser uma saída.
O deputado Nélter Queiroz permanece como o último tucano da bancada eleita em 2022 no RN. Enquanto colegas migraram para o PL e MDB, ele ainda não encontrou um novo abrigo político. Apesar de simpatizar com o projeto de Allyson Bezerra, enfrenta barreiras para ingressar no União Brasil. Seu dilema: está onde não quer e não é aceito onde gostaria de estar.
Álvaro Dias enfrenta dificuldades políticas com a formação da federação MDB–Republicanos, que deve excluí-lo das decisões no RN. Sem partido e com Babá Pereira ganhando força como nome ao Senado, Álvaro vê seu espaço encolher. Pode insistir no governo ou tentar vaga de deputado. Mas primeiro, precisa de uma nova sigla.

SOBRE NETO QUEIROZ

SOBRE O BLOG