O clima é tenso entre a governadora Fátima Bezerra e o vice Walter Alves, que ainda não confirmou se assumirá o Governo em abril de 2026. O silêncio de Walter alimentou um noticiário negativo sobre suposto caos financeiro no Estado, irritando setores do governo. Fátima quer uma decisão imediata e reafirma que não recuará da disputa ao Senado, projeto apoiado por Lula. Enquanto isso, equipes econômicas se reuniram sem que Walter desse qualquer sinal claro sobre assumir o cargo. O ambiente é de desconfiança mútua e múltiplos focos de crise política.
O secretário da Fazenda, Cadu Xavier, desmentiu informações que circularam nos últimos dias sobre um suposto colapso financeiro no Rio Grande do Norte. Em entrevista à Rádio 98 FM, ele afirmou que muitos dos números divulgados são falsos ou distorcidos. Cadu explicou que a situação atual é mais controlada do que em 2019, quando o governo herdou dívidas e folhas atrasadas. Ele detalhou dados sobre folha salarial, previdência e fornecedores, mostrando que o Estado não vive o caos anunciado. Segundo o secretário, parte da crise decorre de especulações alimentadas pelo silêncio do vice-governador Walter Alves.
A presença dos deputados da Federação PP/União Brasil no aniversário de Zenaide Maia consolidou sua entrada definitiva no grupo político apoiado por Allyson Bezerra. A senadora, antes tratada com desconfiança, foi acolhida e hoje se posiciona como alternativa para prefeitos que rejeitam alianças com a Esquerda ou com Styvenson. O gesto fortalece sua projeção para 2026. Em Mossoró, os 113 mil votos de Allyson se tornam objetivo estratégico.
As pesquisas no RN mostram que Rogério Marinho não conseguiu ultrapassar o percentual do voto bolsonarista obtido por Bolsonaro em 2022. Embora tenha avançado em relação a 2022, mantém média de 24%, suficiente para um possível segundo turno, mas ainda limitada. A eleição de 2026 contará com adversários mais fortes e um cenário distinto do FARINHO. Sua dificuldade em romper a bolha bolsonarista indica desafios reais para crescer.
A operação da Polícia Federal revelou obras superfaturadas no RN feitas com emendas parlamentares, mas os nomes dos responsáveis seguem protegidos. O DNOCS, que até 2020 não investia em asfalto, passou a destinar 60% de seus recursos para obras e máquinas após a explosão das emendas. O Congresso resiste a informar ao STF o destino do dinheiro. Para o autor, o orçamento foi sequestrado pelo parlamento, situação agravada pela entrega de poder ao Centrão durante o governo Bolsonaro.
Veja uma análise de como o silêncio de Walter Alves diante das especulações sobre uma crise financeira no RN abriu espaço para um noticiário negativo e politicamente devastador. Embora a situação fiscal exija atenção, o cenário atual é melhor do que o herdado por Fátima Bezerra. A postura do vice-governador alimentou uma narrativa de caos que tomou conta da imprensa. Isso ofuscou avanços recentes do Governo e deteriorou o ambiente político. Resta saber se o governismo compreendeu o tipo de parceiro que terá ao comandar o Estado a partir de abril.

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