Às vezes, a impressão que se tem é que o próprio senador Rogério Marinho não colabora com a construção de seu projeto político atual, especialmente no que diz respeito à definição clara de qual cargo pretende disputar. Se é candidato a governador ou a presidente. Sua postura se assemelha a um pêndulo: ora vai para um lado, ora para o outro — um constante vai e vem que mais confunde do que esclarece.
Assisti a algumas entrevistas do senador, vi vídeos recentes com seus discursos e percebi que ele mal menciona o Rio Grande do Norte nas suas falas. É Lula pra cá, Lula pra lá, INSS, PIX, PL da Anistia, golpe de Estado… enfim, Rogério fala sobre tudo, menos sobre o Estado que representa e seus problemas mais urgentes.
No encontro do Rota 22, realizado em Assu no último fim de semana, o senador dedicou praticamente todo o seu discurso a falar sobre a CPI do INSS e fraudes contra idosos — e novamente deixou de lado qualquer menção a projetos concretos para o futuro do RN. Afinal, qual é o propósito real da tal Rota 22?
Com esse tipo de fala, fica difícil para prefeitos, vereadores, lideranças políticas e formadores de opinião enxergarem em Rogério Marinho um pré-candidato com um projeto sério para o Estado. Em meio a tantas pautas nacionais, vez ou outra ele ou alguém de seu grupo se lembra de afirmar que ele é pré-candidato ao governo do RN. Mas, dessa forma, não convence. Soa forçado.
