O ex-presidente Jair Bolsonaro começa a deixar claro qual posição adotará em 2026: o plano se chama Eduardo Bolsonaro. Ele decidiu que apoiará um candidato que tenha compromisso com ele e lhe seja totalmente fiel. E, definitivamente, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, não faz parte desse pacote.
Bolsonaro acredita que Tarcísio está jogando com o centro-direita um jogo cujo resultado final será sua completa exclusão do cenário político. Queixa-se de que o governador montou um grupo próprio em São Paulo, adotou Gilberto Kassab como conselheiro e o deixou de fora de qualquer área de influência.
Há setores do empresariado e da grande mídia que ainda acreditam ser possível convencer Bolsonaro a apoiar o projeto de Tarcísio. Para isso, usam o argumento de que ele seria a melhor chance de o ex-presidente conseguir, no futuro, um perdão judicial. O problema é que Bolsonaro suspeita que o que Tarcísio prometeu, em troca desses apoios, foi justamente sua cabeça.
Ao optar por Eduardo — mesmo reconhecendo que é um candidato mais rejeitado — Bolsonaro sabe que está preservando seu capital eleitoral. Mesmo que seja derrotado, continuará politicamente vivo.
Não por acaso, o ex-presidente declarou à Polícia Federal que já enviou R$ 2 milhões de ajuda de custo para Eduardo, nos Estados Unidos. Ele não está apenas financiando a manutenção do filho, mas sim investindo em um projeto político.
