Dúvidas de Jaime Calado, desconforto de Zenaide: a aliança do PSD com Allyson Bezerra sobe no telhado

O blog foi informado que existem novidades no cenário que envolve a escolha da senadora Zenaide Maia para as eleições de 2026. Voltou a estaca zero o dilema que ela enfrenta de se manter na aliança com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, ou aceitar o convite da governadora Fátima Bezerra para fazer dobradinha ao Senado.

Ainda há muita água para passar debaixo da ponte, como a própria senadora declarou em entrevista concedida em Mossoró no mês passado. E, de fato, a água está passando.

Pessoas próximas ao prefeito de São Gonçalo do Amarante — e esposo de Zenaide —, Jaime Calado, afirmam que a decisão está longe de ser tomada. Jaime não está convencido de que manter a aliança com Allyson seja o melhor caminho. Contrariando o cunhado João Maia e a própria senadora, ele tem ponderado os prós e contras com frequência em reuniões internas.

Segundo um interlocutor ouvido pelo blog, Jaime acredita que Zenaide é mais importante para o projeto de Allyson do que o contrário. Ele discorda da análise de que o palanque do prefeito mossoroense é uma “tábua de salvação” para a senadora.

Nas palavras da minha fonte: “Jaime acha que, se se concretizar o palanque de Rogério Marinho, com Styvenson, Álvaro Dias, Paulinho Freire e Nina Souza, e do outro lado o palanque do governo com Fátima Bezerra, Zenaide, Cadu Xavier, Walter Alves e Ezequiel Ferreira, sobrará para Allyson um palanque isolado de terceira via.”

O raciocínio de Jaime também considera o cálculo estratégico: para ele é mais fácil para Zenaide numa dobradinha com Fátima Bezerra, conseguir derrotar Styvenson — enfrentando nesse caso apenas um adversário — do que Zenaide estando no palanque de Allyson, enfrentando dois adversários: Styvenson de um lado e Fátima do outro.

A dúvida de Jaime passa também pela estrutura que Zenaide poderá ter à disposição do seu projeto. De um lado um governo federal e um governo estadual, ambos com o mesmo propósito de derrotar Styvenson. Do outro lado, com Allyson, a senadora teria que bancar, praticamente sozinha, a própria campanha ao Senado e com dois adversários de peso para derrotar..

E, se isso tudo já não bastasse para alimentar as incertezas, houve recentemente um episódio incômodo. Em entrevista, Zenaide afirmou que Allyson já era alinhado com o campo progressista desde 2018, quando teria votado nela para o Senado e em Fátima para o Governo. A desmentido de Allyson veio em tom direto: fez circular uma foto sua ao lado de Breno Queiroga, seu candidato ao governo naquele ano. O gesto foi considerado deselegante pelo staff de Zenaide.

Com tudo isso, a situação está longe de ser resolvida. A grande dúvida agora é: Zenaide é quem pode salvar o palanque de Allyson do isolamento? Ou é Allyson que representa a “tábua de salvação” da senadora para a renovação do mandato?

É essa a conta que Jaime Calado está fazendo.

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