O senador Rogério Marinho está atuando em todas as frentes criadas para defender o ex-presidente Jair Bolsonaro. No Congresso, lidera a articulação pela aprovação da anistia; nas relações institucionais, confronta o STF; e na mídia, cumpre o papel de porta-voz da família Bolsonaro.
Há uma razão estratégica para essa atuação incisiva: está em curso a definição da chapa do bolsonarismo para a disputa presidencial de 2026. Neste momento, Rogério aparece como o principal nome para ocupar a vice-presidência na chapa encabeçada por Tarcísio de Freitas.
O jogo político em andamento envolve três pontos: a iniciativa de Tarcísio de liderar a batalha pela anistia de Bolsonaro; o anúncio, ainda este ano, de que Tarcísio será o candidato à Presidência; e a exigência de Bolsonaro de que Rogério seja o vice.
É claro que o cenário pode mudar, mas estas são as cartas colocadas à mesa. A movimentação é de conhecimento de aliados próximos, incluindo o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias, que em entrevista deixou escapar: “Rogério vai ser o vice de Tarcísio.”
Rogério aposta nessa indicação porque recebeu promessa direta do próprio Bolsonaro. Segundo ele, o ex-presidente afirmou que o queria como vice na chapa que viesse a apoiar. Como Tarcísio é do Republicanos, a vaga de vice caberia ao PL — e Rogério surge como o nome ungido pelo bolsonarismo.
