PT redefine estratégia e exclui Zenaide Maia da chapa ao Senado

O governo já considera a senadora Zenaide Maia como carta fora do baralho. Diante da manifesta e pública intenção de Zenaide em se aliar ao prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, não há mais expectativa de que esse cenário possa ser revertido.

Com Zenaide descartada, o PT adota uma régua milimétrica para planejar a formação da chapa ao Senado. De antemão, já definiu que o nome precisa sair da base aliada e não pode ser um candidato sem expressão. O objetivo é encontrar alguém capaz de atrair o voto de todo o campo progressista e, assim, fechar a porta para a migração de votos em direção a Zenaide.

O cálculo petista é o seguinte: a disputa direta pela segunda vaga ao Senado, considerando o favoritismo de Styvenson Valentim para a primeira, será entre Fátima e Zenaide. A estratégia da senadora do PSD é se posicionar ao centro, buscando votos tanto no campo progressista quanto no conservador.

Para o PT, é preciso neutralizar esse movimento. Por isso, não há espaço para lançar um “laranja” na dobradinha com Fátima. Quanto mais competitivos forem os dois nomes ao Senado pela chapa governista, menor a chance de dispersão de votos para outros palanques.

Nesse contexto, o partido avalia com bons olhos os nomes do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves e do ex-deputado federal Rafael Motta. Ambos possuem densidade eleitoral e contribuiriam para fortalecer a chapa, além de manterem diálogo com o MDB, a quem caberia a indicação.

O que já está consolidado no planejamento petista é que Zenaide é carta fora do jogo e deve ser tratada, a partir de agora, como potencial adversária direta. O esforço será evitar, a todo custo, que ela consiga abocanhar qualquer fatia do eleitorado identificado como progressista.

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