Como Styvenson, Fátima, Zenaide e Álvaro estão fazendo seus cálculos pelas duas vagas no Senado

Os quatro principais pré-candidatos ao Senado pelo Rio Grande do Norte em 2026 têm argumentos sólidos para confiar no sucesso eleitoral. Argumentos válidos — nenhum deles pode ser acusado de devaneios ou raciocínios fora da realidade.

Comecemos pelo senador Styvenson Valentim. Liderando todas as pesquisas e tido como nome praticamente garantido, Styvenson não sofreu abalos em sua vantagem desde o início. Mantém índices estáveis de intenção de voto, sempre bem à frente dos demais concorrentes. A rigor, Styvenson é o amplo favorito.

A governadora Fátima Bezerra ancora sua pré-candidatura em seu histórico pessoal e na força eleitoral de Lula. Na maioria das pesquisas, aparece em segundo lugar, em empate técnico com a senadora Zenaide Maia. A confiança de Fátima reside no retrospecto de vitórias: eleita senadora em 2014 e duas vezes governadora (2018 e 2022), sempre com relativa tranquilidade. O PT no Rio Grande do Norte aposta que a associação entre Fátima e Lula no período eleitoral garantirá seu retorno ao Senado.

A senadora Zenaide Maia faz um cálculo político razoável. Apostou todas as fichas numa aliança com o prefeito Allyson Bezerra, criando uma espécie de terceira via na disputa. Mesmo enfrentando o risco da polarização, Zenaide aposta no voto do eleitor de centro e acredita poder atrair parte dos campos progressista e conservador. A vinculação com Allyson, favorito na corrida ao Governo, faz com que a senadora imagine que, durante a campanha, a força do palanque lhe dará vantagem.

Por fim, o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias, é hoje considerado nome certo na chapa bolsonarista que está sendo montada no Estado. A composição deve ter Rogério Marinho para o governo e Styvenson e Álvaro em dobradinha para o Senado. O cálculo do ex-prefeito é que existem dois mananciais de votos à sua disposição: os que virão da aliança com Styvenson — o favorito — e o voto bolsonarista, que ele calcula representar hoje cerca de um terço do eleitorado potiguar.

Como se vê, todos fazem contas ajustadas sobre suas chances na disputa pelo Senado. Existem boas razões que justificam cada projeção. Mas há apenas duas vagas disponíveis — logo, dois deles estão fazendo cálculos errados. A conferir.

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