A nova cara e a sobrevivência das oligarquias no RN: mudaram apenas os sobrenomes

Paulinho Freire vai lançar a esposa como deputada federal. João Maia planeja lançar a esposa como vice-governadora. Allyson Bezerra vai lançar a esposa para deputada estadual. O que esses três têm em comum? Um doce para quem responder primeiro.

Está mais do que claro: todos fazem parte de uma ala política que acredita que o poder não pode — e nem deve — ser compartilhado para além do próprio quintal.

Embora se apresentem como diferentes e inovadores — como é o caso do jovem Allyson Bezerra, que iniciou sua trajetória política como alternativa às velhas oligarquias que dominaram o RN —, na prática, ele e os demais se revelam como mais do mesmo. Mudaram apenas os sobrenomes.

João Maia, lá atrás, em 2014, já havia indicado a irmã, Zenaide, para ocupar sua cadeira na Câmara dos Deputados. Allyson, ao precisar escolher um vice de confiança para quem repassaria a Prefeitura de Mossoró após sua renúncia, não hesitou: escolheu um primo.

Essa turma levanta a voz para condenar as oligarquias ultrapassadas que governaram o Estado por décadas. Enchem o peito para falar em política moderna, posam como novidade, como ruptura — mas, no fundo, só enxergam a si próprios, oligarquias com sobrenomes diferentes.

E assim, a sucessão política, a alternância de poder, o compartilhamento de experiências públicas… tudo isso vira um negócio de pai pra filho, de marido pra esposa, de primo pra primo e assim vai.

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