Enquanto o plano A caminha a passos de tartaruga, aliados já alertaram a governadora Fátima Bezerra sobre a urgência de começar a montar um plano B. O plano A, anunciado desde o fim de fevereiro, é a pré-candidatura de Cadu Xavier à chefia do Executivo, representando a continuidade da atual gestão.
Pessoas com ampla experiência na política estadual disseram a Fátima que seu plano A ainda está cheio de variáveis incontroláveis, e que não seria inteligente apostar todas as fichas em uma única direção. Segundo esses interlocutores, seria prudente começar a desenhar alternativas para usar no momento certo.
O argumento apresentado à governadora faz sentido. Ninguém sabe ao certo se Cadu Xavier conseguirá se viabilizar eleitoralmente. Apesar de ter convencido Fátima a apoiá-lo, demonstrando coragem e disposição para defender o governo — como já noticiado por este blog —, isso, por si só, não será suficiente.
Passado o impacto inicial do anúncio da pré-candidatura, que gerou certo alvoroço na mídia e dominou temporariamente o debate político, o entusiasmo parece ter arrefecido. A participação apagada de Cadu no seminário do PT, em Mossoró, não passou despercebida. Ele foi, participou e partiu sem grande repercussão.
Em breve, virão as primeiras pesquisas. E Cadu, que ainda é amplamente desconhecido da população, pode surgir com números muito abaixo do esperado — o que representaria um verdadeiro banho de água fria nas pretensões do grupo.
As mesmas pessoas que sugeriram à governadora a necessidade de traçar um plano B também indicaram o nome de Ezequiel Ferreira como alternativa. Argumentam que Ezequiel tem liderança e pode montar rapidamente um palanque competitivo.
Embora ainda não tenha dado sinal verde para o plano B, Fátima Bezerra reconheceu a força dos argumentos apresentados. E demonstrou preocupação.