Tenho ficado impressionado. Todas as pessoas com quem venho conversando nos últimos dias — que se identificam como conservadoras ou de direita — demonstram uma unanimidade surpreendente: todos acreditam que o senador Rogério Marinho não será candidato ao Governo do Estado em 2026. Ninguém diverge dessa leitura.
Antes de seguir, quero fazer um esclarecimento sobre uma postagem minha que gerou grande repercussão: quando disse que o projeto de Rogério é disputar a Presidência da República, minha intenção foi apontar que ele trabalha com essa hipótese. Não estou afirmando que isso vá acontecer, mas sim analisando que ele tem esse objetivo em mente. Caso Bolsonaro não seja candidato, Rogério tem chances reais de se tornar o nome escolhido.
Voltando ao meu espanto com a unanimidade dos rogeristas, que já dão como certa sua saída da disputa estadual: isso, sem dúvida, trará consequências. Em política, não existem espaços vazios — se alguém sai de cena, outro logo aparece para ocupar o lugar.
Mesmo que Rogério ainda tente manter um pé no plano B — disputar o Governo do Estado — dificilmente conseguirá conter o surgimento de novas alternativas que, inevitavelmente, ganharão espaço e seguidores. É um caminho sem volta. Principalmente porque sua própria base já não acredita mais nessa possibilidade de “virada de mesa”.
De certa forma, acredito que Rogério não errou ao priorizar um voo mais alto. Ele precisou escolher com quais cartas quer jogar — e decidiu apostar alto. Pode até não ter sucesso, mas como diz o velho ditado: time que não entra em campo, não ganha jogo.