A pesquisa divulgada pela Consult, em parceria com a Tribuna do Norte, no dia de ontem, apresenta a fotografia mais recente da corrida sucessória de 2026. Foram ouvidos 1.700 eleitores em doze regiões do Rio Grande do Norte, entre 21 e 23 de agosto. A margem de erro é de 2,3%.
Allyson Bezerra lidera com 33,18% (tinha 30,94% em maio).
Rogério Marinho aparece em segundo lugar com 28,47% (tinha 24,94% em maio).
Cadu Xavier vem em seguida com 4,71% (tinha 3% em maio).
Além disso, 13,82% não votariam em nenhum dos candidatos e 19,82% ainda não se definiram.
Algumas conclusões podem ser extraídas desses números. A diferença de 4,71 pontos entre Allyson e Rogério indica um cenário eleitoral indefinido: os dois estão a poucos décimos de um empate técnico.
Embora Allyson lidere todas as pesquisas, seu teto até aqui pode ser considerado baixo para consolidar um favoritismo. Em média, ele detém um terço das intenções de voto. Isso significa que outros dois terços do eleitorado, mesmo ouvindo seu nome durante a pesquisa, não cravam o voto nele.
É evidente que Allyson tem potencial de crescimento, que pode ou não se concretizar, mas, neste momento, é correto afirmar que a eleição permanece totalmente aberta.
Outro dado importante é que a distância entre Allyson e Rogério encurtou em relação ao levantamento anterior da Consult. Alguns podem argumentar que Allyson ainda não entrou oficialmente na disputa, mas considero equivocado: seu nome já está hoje mais projetado no Estado do que qualquer outro pré-candidato ao Governo.
Quanto a Cadu Xavier e sua baixa performance, é preciso observar que há duas realidades sendo testadas nas pesquisas. Em alguns institutos, o nome de Cadu é apresentado como “o candidato de Lula”, o que lhe garante crescimento expressivo. Já em pesquisas que omitem essa informação, seu desempenho é bem menor.
A Consult também testou um segundo cenário, substituindo Rogério Marinho por Álvaro Dias. Nesse caso, Allyson sobe para 36,41%, Álvaro aparece com 22,18% e Cadu mantém desempenho semelhante, com 4,94%.
