No noticiário sobre as possíveis candidaturas a deputado federal no Rio Grande do Norte, muito se tem falado sobre o chamado bloco independente. Formado por Carlos Eduardo Alves, Kelps Lima, Rafael Mota, Jean Paul Prates e Abraão Lincoln, esse grupo reúne políticos sem partido e sem nominata, que poderiam se unir em busca de garantir uma vaga para pelo menos um deles.
O grande articulador do grupo é Kelps Lima, que procurou cada um dos integrantes, apresentou seu plano e vem conduzindo as costuras com partidos interessados. O bloco mantém atualmente conversas mais adiantadas com o MDB, negociando as condições para ingresso na sigla e oficialização da nominata. O entrave está na exigência feita a Walter Alves e Ezequiel Ferreira para que providenciem a “esteira” de candidatos que daria sustentação ao grupo.
O problema é que, à medida que o tempo passa, os independentes abriram diálogos — ora de forma isolada, ora em conjunto — com outras frentes partidárias.
Carlos Eduardo Alves se empolgou com a possibilidade de disputar o Senado pelo PDT, formando dobradinha com Zenaide Maia. Essa passou a ser sua prioridade, embora ele também mantenha um olho na chance de vir a ser vice de Allyson Bezerra.
Rafael Mota abriu conversas com o PP de João Maia e busca compromissos do partido antes de tomar uma decisão. A ida para o MDB, hoje, aparece como segunda opção.
Jean Paul Prates não participou das últimas reuniões dos “independentes” e passou a articular sua filiação a um dos partidos que integram a federação Brasil da Esperança, composta por PT, PV e PCdoB.
Já Abraão Lincoln está atolado até o pescoço com a CPMI do INSS e enfrenta graves acusações. Tornou-se um nome que ninguém mais quer citar — foi, inclusive, apagado da lista do grupo.
Restou Kelps Lima, que mantém conversas tanto com o União Brasil quanto com o MDB. O próprio Kelps avalia que não há espaço para uma nominata extra, acreditando que apenas quatro chapas terão chances reais de disputar as vagas: PL, MDB, a federação União Brasil e PP, e a federação PT, PV e PCdoB.
A preço de hoje, a nominata chamada de independente está esfacelada, com cada um dos antigos aliados seguindo seu próprio caminho.