Enquanto o PT e o PL apostam na polarização em 2026, repetindo o velho embate do “nós contra eles” nas eleições presidenciais, os partidos que integram o chamado Centrão — União Brasil, PP, Republicanos e PSD — estão concentrando suas apostas nas disputas estaduais.
Com reais chances de eleger o próximo presidente da República, PT e PL priorizam as eleições presidenciais e a formação de grandes bancadas na Câmara e no Senado, capazes de dar sustentação ao futuro governo. As eleições para os executivos estaduais, portanto, deixaram de ser prioridade para esses dois polos.
Aproveitando o vácuo deixado por eles, o Centrão aposta nas candidaturas a governador como estratégia principal. O PP terá pré-candidatos em 10 estados, o União Brasil em 6, o Republicanos em 8 e o PSD em 10. Com um fundo eleitoral superior a R$ 1,5 bilhão, essas legendas acreditam que o fortalecimento nos estados impulsionará também a formação de boas bancadas no Congresso Nacional.
No Rio Grande do Norte, o bloco aposta suas fichas na pré-candidatura do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), apontado internamente como um dos nomes favoritos ao governo estadual. Além da disputa pelo Executivo, o Centrão no RN pretende eleger pelo menos um senador e quatro deputados federais.
Para a Presidência da República, a expectativa do grupo é unir-se em torno de Tarcísio de Freitas, atualmente filiado ao Republicanos, como nome de consenso do bloco.
