Cinthia Pinheiro e o direito legítimo de disputar uma eleição

A primeira-dama do município de Mossoró, Cinthia Pinheiro, é oficialmente pré-candidata a deputada estadual pelo União Brasil. O anúncio foi feito pela própria Cinthia, que publicou um vídeo explicando as razões pelas quais decidiu colocar seu nome à disposição do eleitorado.

Defendo o direito que Cinthia tem de ser candidata. Não se trata de uma nomeação, mas de um julgamento ao qual ela se submeterá, com sucesso ou não. Ninguém pode negar a Cinthia o direito de disputar uma eleição. Ela está no pleno exercício dos seus direitos políticos, é brasileira, eleitora e, como qualquer cidadão, pode se submeter ao sufrágio popular.

Considero coerentes as críticas feitas pela oposição ao prefeito Allyson Bezerra por estimular uma candidatura dentro do núcleo familiar, até porque o próprio Allyson já se posicionou publicamente contra esse tipo de prática. No entanto, essa crítica deve se restringir, exclusivamente, ao campo político.

Tenho visto diversos ataques à pré-candidatura de Cinthia Pinheiro e não concordo com a tentativa de censurar seu nome apenas por ela ser mulher e esposa. Cinthia tem sua trajetória, seu trabalho e todo o direito de desenvolver projetos no campo político. E reforço: ela se submeterá ao voto popular, assim como todos os demais candidatos. É o povo quem escolhe.

Sempre disse que enxergo a atuação política como uma vocação. Eu próprio não a tenho e jamais seria candidato. A política exige doação, entrega diária e a renúncia a uma vida privada para assumir uma vida pública, mais exposta, frequentemente criticada. Por isso, respeito quem possui essa vocação, que é, acima de tudo, uma vocação de serviço.

Infelizmente, nem todos são vocacionados para servir por meio da política. Há aqueles que preferem se servir dela. Mas essa é uma outra discussão.

Vejo Cinthia como uma candidata legítima e desejo êxito em seus projetos. Quanto ao prefeito Allyson, é natural que compreenda as críticas da oposição como parte do jogo político. O que se espera é que tudo se mantenha dentro dos limites do debate democrático, político e respeitoso.

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