O ex-deputado estadual Kelps Lima, o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves, o ex-deputado federal Rafael Motta e o empresário Abraão Lincoln formaram um grupo político que pretende montar uma nominata para disputar vagas na Câmara Federal. O grupo está fechado e busca agora uma estrutura partidária onde possa se reunir para executar o projeto.
Quatro partidos sinalizaram interesse em abrigar os quatro pré-candidatos: PSD, Solidariedade, MDB e Republicanos. Cada sigla apresenta vantagens e desvantagens, o que deve adiar a decisão final para o fim do ano.
O MDB fez a oferta mais atrativa: possui uma nominata de reforço capaz de completar os 11 nomes necessários para a chapa, conta com fundo eleitoral e terá o governador do Estado em 2026, além de uma forte chapa para deputado estadual, o que pode favorecer parcerias. O problema é que o MDB integra a base governista, enquanto o grupo dos quatro tem perfil oposicionista. Além disso, persiste a dúvida sobre a candidatura de Ezequiel Ferreira a deputado federal.
O PSD oferece estrutura e fundo partidário, mas não conseguiu formar uma nominata competitiva. Liderado pela senadora Zenaide Maia, o partido enfrenta dificuldades para montar uma chapa federal.
O Republicanos também carece de nominata e não dispõe de um fundo eleitoral significativo. O cenário é agravado pela incerteza em torno de Álvaro Dias, líder do partido, que ainda não definiu a qual cargo disputará — podendo até buscar uma vaga na Câmara.
Já o Solidariedade, partido de Kelps Lima, funciona como uma espécie de carta de segurança: uma opção caso os demais acordos fracassem. No entanto, também não conta com fundo robusto nem com nominata de apoio.