Dinheiro tem, obra que é bom… nada: a realidade das emendas milionárias dos parlamentares do RN

A bancada federal do Rio Grande do Norte se reuniu ontem, em Brasília, para definir as emendas ao Orçamento da União.

Cada deputado federal tem direito a executar R$ 37 milhões em emendas individuais. Como são oito parlamentares, o total chega a R$ 296 milhões. Os três senadores indicarão, juntos, R$ 205 milhões em emendas, sendo R$ 68 milhões para cada um.

Além disso, há mais R$ 528 milhões em emendas coletivas — em teoria, um recurso a ser utilizado de forma conjunta, mas que, na prática, foi dividido igualmente entre os 11 parlamentares, permitindo que cada um aplique sua parte como quiser.

O valor total das emendas destinadas ao Rio Grande do Norte em 2025 soma impressionantes R$ 1.032.716.667,00. vPara se ter uma ideia da dimensão desse montante, os dois primeiros trechos da duplicação da BR-304 custarão menos: cerca de R$ 800 milhões.

Não é exatamente o volume de recursos que preocupa — embora seja discutível o controle dos deputados sobre parte do orçamento. O problema maior é a falta de transparência e efetividade: ano após ano, bilhões são movimentados sem que se veja obras estruturantes de impacto no Estado.

Se os parlamentares pensassem grande e tivessem uma visão de futuro, uma legislatura de quatro anos, com mais de R$ 4 bilhões em emendas, poderia transformar radicalmente o Rio Grande do Norte. Poderia. Poderia sim. Claro que poderia.


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