Em quatro meses, Cadu Xavier sobe de prateleira e se consolida dentro do PT para 2026

Tenho observado com atenção os movimentos do pré-candidato do PT ao Governo do Estado em 2026, Cadu Xavier. Depois de um início incerto, Cadu vai aos poucos projetando sua imagem com elementos que se mostram potencialmente positivos.

No começo, seu discurso girava em torno de um único mote: defender o legado da professora Fátima Bezerra. Sem identidade própria, parecia apenas o garoto-propaganda da governadora. Hoje, no entanto, vejo Cadu Xavier em outra prateleira. Por três razões: tornou-se porta-voz das obras do governo, conseguiu unir todo o governismo em torno de si e passou a ser uma voz qualificada nas questões políticas do grupo.

Aos poucos, Cadu deixa de ser um quadro em branco para dar contornos à própria imagem. Ainda é um candidato com alto índice de desconhecimento, mas vem deixando de ser anônimo. E o tempo joga a seu favor: faltam ainda catorze meses para a eleição, prazo suficiente para sua qualificação diante do eleitorado.

Falta a Cadu, contudo, uma campanha de marketing mais robusta, voltada especificamente para combater esse desconhecimento e acelerar sua projeção. Mas essa é uma tarefa para a equipe de comunicação do candidato.

Meu comentário aqui é no sentido de reconhecer que Cadu Xavier subiu de prateleira. Sempre afirmei que não se deve subestimar a força do PT, de Lula e da polarização que marcará a eleição de 2026. A preço de hoje, não vejo a direita potiguar levando seus dois pré-candidatos ao segundo turno. Vejo o PT — ou melhor, vejo Cadu — com grandes chances de passar. Um nome do governo e outro da direita: essa é a lógica mais provável

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