Dando sequência à análise da entrevista que Fátima Bezerra concedeu à jornalista Anna Ruth Dantas, quero agora me deter na questão política. Há muitas informações esclarecedoras.
Primeiramente, vou abordar a questão de Cadu Xavier, o pré-candidato do PT ao Governo. Fátima foi enfática ao afirmar que o nome de Cadu foi construído com o aval dos aliados, incluindo o MDB. Ou seja, ela também dividiu com Walter e Ezequiel a responsabilidade pela escolha de Cadu. “Nós conversamos com as correntes do PT, conversamos com a federação e conversamos com o MDB, e todos concordaram com o nome de Carlos Eduardo Xavier”, disse Fátima, relatando que essa escolha trouxe uma alegria muito grande para ela.
A governadora não economizou elogios a Cadu. Citou-o como sendo um nome preparado, talentoso, muito credenciado, pacificado por todos, tranquilo e bem-recebido pelas lideranças — foram alguns dos termos usados para exaltar a escolha.
“Nunca vi o PT tão entusiasmado com um candidato como está agora. Inclusive em todas as correntes, o nome de Cadu está pacificado”, elogiou.
A respeito de sua candidatura ao Senado, Fátima confirmou que essa é, de fato, a tendência: ela irá renunciar e disputar uma vaga no Senado. Fátima falou ainda sobre uma possível dobradinha com Zenaide: “Nesse lado estarão os partidos progressistas: PT, PV, PCdoB, Rede, PSB, PDT e PSOL. E teremos também partidos de centro, como o MDB, porque Walter e Ezequiel estarão comigo. E vejo também o PSD. Zenaide é vice-líder do Governo Lula, esse é o palanque que tem identidade com ela. Não vejo Zenaide no palanque da direita.”
Ainda sobre Zenaide, a governadora contou que já conversou com Jaime e com a própria senadora sobre essa aliança. “Que não fiquem dúvidas sobre uma coisa: esse será o palanque de Lula no Rio Grande do Norte.”
Fica, então, muito claro o que a governadora defende. Ela apoia Cadu para o Governo, defende a dobradinha Fátima e Zenaide, e acredita que todo o campo progressista deve se unir em um único palanque. Simples e objetiva.