Rogério estabelece condição e prazo para decidir se será candidato

Ontem pela manhã, ao jornal Agora RN, o senador Rogério Marinho disse a seguinte frase: “Só serei candidato se houver adesão até o fim do ano.” Uma condição e um prazo. A condição é que só aceitará ser candidato se toda a oposição se unir e aderir ao seu nome. E o prazo é que isso precisa acontecer até o final do ano.

Nós, que fazemos a análise diária das questões políticas do estado, estamos sempre atentos às falas e ações dos candidatos — até mesmo à ausência de falas. Cada declaração, no seu momento e contexto, tem um peso importante para a leitura que se faz do cenário político.

Em janeiro, Rogério dizia que seria uma honra disputar o Governo. Afirmava que seu nome estava à disposição e que vinha trabalhando para esse projeto. Ainda naquele mês, promoveu uma reunião em sua casa de praia, cercado de amigos, e voltou a manifestar vontade de entrar na disputa.

Em março, numa entrevista ao programa Meio-Dia RN — na FM 96 —, o tom mudou. Disse que o político nem sempre decide o que quer, mas sim o que as circunstâncias permitem. Falou sobre seu projeto nacional e deixou clara a mudança de prioridade.

Agora, surge com um novo elemento em seu discurso: só será candidato se todos da oposição se unirem em torno do seu nome — e isso precisa acontecer até o fim do ano.

Vou tentar resumir o novo enredo de Rogério: enquanto estiver alimentado pela possibilidade de ser ungido por Bolsonaro para compor a chapa presidencial, vai priorizar o plano nacional. Mas, paralelamente, aqui no Estado, se quiserem convencê-lo de algo, só conseguirão se toda a oposição se sentar à mesa com ele.

Minha percepção sobre isso? Rogério está plantando a sementinha com as justificativas para, lá na frente, poder sair de fininho da disputa.

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