Há risco de o PL potiguar acabar ficando isolado

A estratégia montada pelo senador Rogério Marinho para 2026, no Rio Grande do Norte, foi traçada com régua e compasso. Tudo bem planejado. Estava tudo em ordem — até o dia em que Rogério mudou de prioridade e tirou os olhos do RN para mirar o plano federal.

O resultado dessa mudança é que, hoje, o PL está se isolando. Uma prova disso é que o Rota 22 — planejado para ser o grande evento de visibilidade do partido na fase de pré-campanha — está sendo realizado, mas sem luz própria.

Pra quem não sabe ainda, informo: o Rota 22 está sendo executado e já passou por vários municípios. Mas ninguém está sabendo direito disso. Algo aconteceu com a visibilidade pretendida.

Já havia chamado atenção o fato de, no grande evento que contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (no dia em que ele foi hospitalizado). Naquele evento em que se esperava uma grande participação dos aliados, muita gente nem deu as caras. Styvenson não estava lá. Álvaro Dias não apareceu. Paulinho Freire não deu as caras.

É bem verdade que alguém pode retrucar, dizendo: “Mas era um evento do PL, s’po era esperado gente do partido.” Claro que era. Mas a ausência de aliados soa estranha. Num momento como este, não existe apenas um partido — existem grupos, alianças, palanques.

O fato é que, se Rogério não for candidato a governador pelo PL e se não houver gestos concretos de adesão a outros projetos – o que, por enquanto, não há -, o partido corre o risco de terminar isolado. Talvez, tendo que recorrer a um time caseiro para disputar as eleições.

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