João Maia e Agripino farão gestão compartilhada no “União Progressista” e sepultam a chance da federação apoiar Rogério

João Maia e José Agripino deverão bater o martelo neste final de semana sobre como será definido o poder decisório dentro da “União Progressista”, federação formada pela união do PP com o União Brasil.

No acordo entre as duas siglas, ficou estabelecido que, no Rio Grande do Norte, o União Brasil comandará a federação por ter maior número de deputados — dois, contra um do PP. No entanto, esse cenário pode mudar, já que Robinson Faria deve se filiar ao PP, e Carla Dickson estuda deixar o União Brasil.

A novidade é que Agripino e João Maia estão decidindo adotar uma gestão compartilhada. Ambos já discutiram esse formato e entenderam que a divisão do poder decisório é a melhor alternativa. Embora oficialmente haja um representante legal da federação no estado, as decisões serão tomadas em conjunto, por meio de diálogo.

A decisão foi tomada com facilidade. Atualmente, Agripino e João — que compartilham o mesmo sobrenome, apesar de não serem parentes próximos — estão alinhados politicamente. Agripino é um entusiasta da candidatura de Allyson Bezerra ao governo do estado. João Maia também demonstra simpatia pela ideia, embora ainda não tenha se posicionado publicamente. Recentemente, João recebeu Allyson para um café da manhã em seu apartamento.

Segundo os dois, a gestão compartilhada não se limitará à definição da chapa ao governo. Eles também já iniciaram conversas sobre possíveis nomes ao Senado e sobre a composição das nominatas para deputado federal e estadual. Até agora, João e Agripino demonstram pensamento alinhado quanto às estratégias políticas.

Um ponto importante dessa nova estrutura é o enfraquecimento da influência do prefeito de Natal, Paulinho Freire, caso ele deseje apoiar um palanque diferente do de Allyson Bezerra. Paulinho é aliado de Rogério Marinho, pré-candidato ao governo pelo PL.

A união entre João Maia e José Agripino praticamente garante que União Brasil e PP estarão no palanque de Allyson Bezerra, isolando Paulinho Freire dentro da federação. Ambos são contrários à ideia de abrir mão de um palanque próprio – e favorito – para apoiar outra candidatura.

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