A licitação de concessão onerosa de uso de parte do imóvel situado na Avenida João da Escóssia, no bairro Nova Betânia, para a construção, exploração e gestão do Estádio Municipal, além da permuta de parcela do referido imóvel por área construída destinada à implantação do novo Centro Administrativo Municipal, foi concluída na manhã desta sexta-feira.
O resultado do certame foi deserto. Nenhuma empresa apresentou proposta para adquirir a concessão. Dessa forma, o processo retorna para que as equipes da Prefeitura estudem uma nova destinação para a área. Esta foi a segunda tentativa do município de licitar a construção do Nogueirão.
Na primeira tentativa, a licitação previa apenas a concessão onerosa: uma empresa construiria o estádio e teria o direito de explorá-lo comercialmente por 35 anos. Na segunda, associou-se a concessão onerosa do estádio à permuta de um terreno na Avenida João da Escóssia, em troca da construção do estádio e de um Centro Administrativo. Em ambas as situações, não houve interessados.
Tenho uma sugestão. E, como sugerir não custa nada, lá vai.
Nesta última licitação, a Prefeitura projetou a construção do novo Nogueirão no valor de R$ 21 milhões. Segundo o edital, com esse montante seria possível erguer um estádio com capacidade para 15 mil pessoas.
Pois bem. Na minha proposta, defendo que não haja nova licitação. A Prefeitura tem condições de levantar os recursos necessários para construir um estádio novo.
Como?
Em frente ao Nogueirão existe um terreno pertencente a Prefeitura, localizado na Avenida João da Escóssia, em área nobre, com cerca de 15 mil metros quadrados. Avaliações imobiliárias indicam que esse terreno vale hoje aproximadamente R$ 30 milhões. Apenas com a venda dessa área já seria possível custear a construção do estádio.
Mas não seria só isso. A Prefeitura poderia viabilizar o projeto prevendo que um parceiro privado construa salas comerciais sob as arquibancadas, o que permitiria arrecadar alguns milhões adicionais. Também existe a possibilidade de comercializar o nome do estádio junto a uma marca empresarial.
Há ainda a alternativa de articular uma campanha junto aos oito deputados federais e aos três senadores do Rio Grande do Norte, para que cada um destine R$ 1 milhão de suas emendas parlamentares ao novo estádio de Mossoró. Somente aí já seriam mais R$ 11 milhões.
Com todos esses movimentos combinados, não tenho dúvidas de que seria possível alcançar, no mínimo, R$ 40 milhões em recursos — quase o dobro do valor inicialmente previsto — o que permitiria a construção de um estádio mais moderno, mais bem equipado e capaz de encher Mossoró de orgulho.
É isso.
