O prefeito de Natal, Paulinho Freire, reafirmou ao senador Rogério Marinho que o compromisso entre eles está mantido. O blog confirmou, junto a diversas fontes, que o martelo foi batido. A única condição estabelecida foi clara: se Rogério mantiver sua candidatura ao governo, terá o apoio de Paulinho; caso desista, o prefeito estará livre para seguir o caminho que julgar melhor.
O discurso feito por Paulinho em janeiro passado, na residência de veraneio de Rogério, continua valendo. Na ocasião, diante de dezenas de testemunhas e câmeras de celulares, Paulinho declarou que retribuiria todo o apoio recebido de Rogério na eleição para a Prefeitura de Natal.
Nos últimos meses, surgiu a percepção de que Rogério estaria priorizando a eleição nacional, tentando uma vaga na chapa presidencial e desistindo da disputa estadual. Esse movimento foi notado por toda a classe política, inclusive por Paulinho, que passou a se retrair e a se aproximar do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra.
Agora, o acordo original entre Paulinho e Rogério está completamente restabelecido. Paulinho, inclusive, deve comunicar ao presidente do seu partido, José Agripino, que manterá sua fidelidade a Rogério.
Segundo fontes ouvidas pelo blog, a decisão de Paulinho não se baseia em quem lidera as pesquisas ou quem tem mais chances de vencer. Trata-se de coerência e fidelidade. Se o critério fosse apenas o desempenho eleitoral, uma das fontes lembra que Rogério teria abandonado Paulinho quando este estava estagnado nas pesquisas e quase desistiu da candidatura, por considerá-la inviável.
Foi Rogério quem apoiou Paulinho naquele momento difícil: evitou que ele desistisse, articulou apoios com outros partidos, engoliu sapos para trazer aliados que lhe eram indigestos — como Álvaro Dias —, e entregou a Paulinho o palanque e a estrutura que ele precisava para sair vitorioso.
Em reconhecimento a tudo isso — e para não passar a imagem de ingratidão — Paulinho resolveu deixar claro de qual palanque fará parte no próximo ano.
Sobre o União Brasil, Paulinho entende que a decisão será colegiada. Ele defenderá o nome de Rogério como o melhor para unir o grupo. Caso não consiga, pedirá ao partido liberdade para seguir um caminho diferente.