Pense em uma coisa complicada que é o dilema que a senadora Zenaide Maia enfrentará nos próximos meses — palanque de Fátima ou palanque de Allyson? Não dá para ficar com os dois. Será um ou outro.
E já temos um novo lance no tabuleiro. O jogo não pára.
Vamos, primeiro, recapitular os movimentos até agora:
Lance 1. Zenaide Maia e Allyson Bezerra deixam clara a aliança entre os dois com vistas a 2026.
Lance 2. Fátima Bezerra anuncia que será candidata ao Senado e declara que o partido deseja ter Zenaide como companheira de chapa.
Lance 3. Zenaide retribui o aceno de Fátima, afirmando que seu palanque é o progressista e que nunca deixou de estar alinhada com a governadora.
Lance 4. Jaime Calado sugere que a chapa ideal para 2026 teria Allyson Bezerra para o governo, Zenaide e Fátima para o Senado — indicando que Zenaide poderia manter a dobradinha com Fátima e, paralelamente, a parceria com Allyson.
Lance 5. O governismo reage: não há nenhuma chance da dobradinha Zenaide-Fátima se o candidato de Zenaide ao governo não for o mesmo de Fátima.
Estamos prontos para o próximo lance. Esperava-se que fosse de Zenaide, mas não. Veio da oposição, com um recado do senador Rogério Marinho, respaldado por parte do União Brasil, inclusive o ex-senador José Agripino.
O recado é claro: a possibilidade de Rogério Marinho recuar da candidatura ao governo para apoiar Allyson Bezerra passa por uma condição — a exclusão total de Zenaide do palanque. Ou seja, em nenhuma hipótese Zenaide poderia ser candidata da oposição unida.
Vejam como o jogo ficou interessante: no governismo aceitam Zenaide, mas sem Allyson. Na oposição unida, aceitam Allyson, mas sem Zenaide.
Dois caminhos, um resultado: a separação política entre Allyson Bezerra e Zenaide Maia.
Seguimos aguardando os próximos capítulos.