Há um visível desconforto com a situação de Paulinho Freire dentro do União Brasil. Embora ele tenha participado da reunião de cúpula da federação União Progressista, é evidente que assuntos sensíveis não podem ser tratados diante de Paulinho.
Isso porque o palanque de Paulinho não é esse. Por enquanto, todos precisam conviver com essa saia justa. Não podem deixá-lo de fora das reuniões, nem declarar que ele não é relevante — e ainda precisam bajulá-lo para evitar um rompimento precoce.
Paulinho se tornou um estranho no ninho. Ao mesmo tempo em que participa das discussões sobre a candidatura de Allyson Bezerra ao Governo do Estado, está decididamente disposto a apoiar Rogério Marinho. Inclusive, cogita indicar sua esposa, a vereadora Nina Souza, como candidata a vice de Rogério.
É evidente que as questões mais estratégicas do União Brasil não podem ser debatidas com Paulinho presente. O jogo de cena que está em curso agora não poderá se repetir quando os assuntos de fundo vierem à tona.
E por que Paulinho não se toca? E por que o União Brasil não deixa clara a inconveniência de sua presença? A resposta é simples: ainda existe uma esperança — tênue, mas viva — de que o vento mude, Rogério desista, Styvenson aceite uma aliança com Allyson, e todos vivam felizes para sempre.
Como se vê, é um conto de fadas que ainda segura o fio.