Dando sequência à nossa análise sobre o desempenho dos pré-candidatos ao Governo do Estado, considerando as dez últimas pesquisas divulgadas, vamos agora ao desempenho de Rogério Marinho.
Confira os números:
| Instituto | Coletas | Percentual (%) |
|---|---|---|
| Consult | 23–27/10 | 28,47 |
| TSDois | 21–24/10 | 20,0 |
| Média | 18–21/10 | 31,3 |
| Datavero | 18–20/10 | 20,2 |
| Sensatus | 16–19/10 | 22,07 |
| Real Big Data | 24–25/09 | 33,0 |
| Exatus | 18–21/09 | 27,4 |
| Seta | 13–15/09 | 17,2 |
| Agora Sei | 06–11/09 | 14,8 |
| Paraná | 06–10/09 | 28,2 |
| MÉDIA | 24,3 |
A primeira observação é que há uma forte similaridade nas médias entre os dois meses: 24,4% em outubro contra 24,1% em setembro. Enquanto Allyson Bezerra apresenta uma média de 34 pontos, Rogério mantém 24, ou seja, há uma diferença de dez pontos entre ambos.
Considero o desempenho de Rogério bastante sólido. Em termos práticos, um em cada quatro eleitores entrevistados declara voto nele. Isso é expressivo, sobretudo para quem enfrenta uma rejeição que muitos classificam como institucional. Largar com uma média de 24% não é algo a ser subestimado.
É importante lembrar que, em 2022, Rogério foi eleito senador com 41% dos votos — um indicativo de que ainda possui margem para crescer. Também é preciso reconhecer que, ao longo do último ano, sua pré-candidatura passou por um vai-e-vem considerável: ora era confirmada, ora colocada em dúvida, com menções até mesmo a uma eventual chapa presidencial.
Rogério fez uma associação estratégica e direta do seu nome ao bolsonarismo. Em 2022, Jair Bolsonaro obteve 34,9% dos votos no Rio Grande do Norte. Em tese, Rogério ainda tem cerca de dez pontos percentuais a conquistar apenas dentro desse eleitorado.
Minha compreensão é que a polarização continuará a favorecer Rogério na sequência do processo eleitoral. Esse movimento tende, no mínimo, a levá-lo à marca bolsonarista dos 34 pontos — patamar que pode ser suficiente para garantir sua presença em um eventual segundo turno.






