Polarização: fraude no INSS alimenta mais uma vez o Fla-Flu entre petistas e bolsonaristas

Na bancada de apresentadores do programa Mais Política, na Rádio Difusora, eu, Paulo Linhares, Jessé Rebouças e Wellington Morais temos debatido com frequência sobre a polarização política — o eterno “Fla-Flu” entre petistas e bolsonaristas.

Na equipe, há quem acredite que essa polarização perderá força em 2026 e que um debate mais sério sobre os problemas reais do Brasil prevalecerá. Outros, como eu, acreditam que mais uma vez o espetáculo será dominado por agressões mútuas, discussões rasas e temas como banheiros unissex e vacina versus cloroquina.

Quase diariamente, assistimos nas redes sociais a novos capítulos dessas contendas. As arquibancadas digitais continuam em euforia.

Até pouco tempo atrás, o debate era se Bolsonaro criou o Pix e se Lula estaria acabando com ele. Depois, vieram as narrativas das “blusinhas”. Aqui no Rio Grande do Norte, passamos uma semana debatendo quem mandou mais dinheiro para a Barragem de Oiticicas.

Agora, o foco é o INSS. Bolsonaristas alegam que se trata do maior escândalo desde as caravelas. Petistas, por sua vez, afirmam que os desvios começaram no governo Bolsonaro. E assim segue a discussão interminável.

A polarização está nas redes sociais, nos grupos de WhatsApp da família, do trabalho, da pelada. Um eterno embate entre “bem e mal”, dependendo do ponto de vista de quem fala.

Por isso, acredito que, mais uma vez, essa polarização vai dominar o cenário político, sufocando qualquer tentativa de debate profundo sobre os grandes desafios do Brasil: economia, educação, saúde.
E, no fim, todos perderemos. Mais uma vez.

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