Rogério Marinho não pretende passar o bastão para Álvaro

Tenho feito algumas previsões pessimistas sobre o desempenho de Álvaro e deixado clara minha descrença em sua competitividade em uma disputa majoritária, seja para o governo ou para o Senado.

Não se trata de algo pessoal contra Álvaro, mas da falta de um capital eleitoral sólido para enfrentar esse desafio. Ele não tem um grupo político estruturado, não apresenta um projeto consistente, não tem carisma e sequer demonstra potencial competitivo.

Muitos apostam que, caso Rogério desista da candidatura ao governo, Álvaro Dias será seu sucessor natural. Eu duvido muito. E nem é apenas uma questão de viabilidade eleitoral, mas sim do fato de que o próprio Rogério não confia em Álvaro para lhe passar o bastão.

Vários interlocutores do senador afirmam que não há essa possibilidade, justamente porque ele não acredita em chances de vitória se o candidato ao govero for o ex-prefeito de Natal.

O reduto eleitoral do ex-prefeito se restringe a Natal e, no máximo, à Grande Natal. Nem mesmo no Seridó, sua região de origem, ele tem uma base consolidada. Fora dessas áreas, Álvaro poderia andar tranquilamente pelas ruas sem ser reconhecido por ninguém – e sem precisar de óculos escuros para isso.

Mesmo em Natal, a lembrança do que ele fez pela cidade se apaga tão rápido quanto a chama de um palito de fósforo. Se é que deixou algo realmente memorável. Álvaro se vê como um prefeito inesquecível para Natal, mas talvez a realidade não seja bem assim.

Diante de tudo isso, não vejo Álvaro Dias com “bala na agulha” para chegar aonde imagina. Será uma proeza se conseguir viabilizar sua candidatura ao Senado ou ao governo – e um feito ainda maior se tiver sucesso.

Por isso, mantenho minha posição: o ex-prefeito de Natal tem um prazo de validade bem curto.

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