O senador Styvenson Valentim resolveu colocar um tempero a mais na panela de 2026. Ele declarou, numa entrevista em Natal, que, se Rogério Marinho desistir de disputar o Governo, poderá considerar uma candidatura ao cargo de governador. Com o devido cuidado ao expor em quais condições pensaria no assunto, ele repetiu: “Só se Rogério não for candidato”.
É uma hipótese improvável, mas não é absurda. Rogério já foi candidato, já desistiu, voltou atrás, e nada impede que desista novamente. O fato é que Styvenson, que poderia muito bem apostar no favoritismo para uma vaga no Senado e evitar dores de cabeça na eleição, deixou claro que existe uma possibilidade em aberto.
A declaração movimenta o noticiário político por ser, sem dúvida, um fato novo relevante. Uma disputa entre Styvenson e Allyson Bezerra pelo Executivo tornaria o resultado das eleições imprevisível desde o início.
Ambos transitam com extrema facilidade nas redes sociais. Styvenson conta com 169 mil seguidores; Allyson, com 316 mil. De um lado, o perfil de senador que fiscaliza e cobra o bom uso de cada centavo público; do outro, a imagem de um gestor bem-sucedido. Quem leva a melhor?
É verdade que, em 2022, Styvenson foi candidato ao Governo e teve um desempenho decepcionante. No entanto, hoje o cenário é outro. Basta observar seus números nas pesquisas para as duas vagas do Senado: sozinho, ele tem mais intenções de voto do que Álvaro, Babá, Fátima e Zenaide somados.
Acredito que é improvável que Rogério desista da disputa. Devemos ter três candidatos principais: Rogério, Allyson e Cadu. Mas a fala de Styvenson já garante que o palanque da direita não ficará órfão.