A entrevista do deputado Ubaldo Fernandes (PSDB) sobre sua filiação ao MDB e as negociações com o vice-governador Walter Alves caiu como um balde de água fria nas articulações. Um dia após posar para foto e confirmar a futura entrada no partido, Ubaldo veio a público dizer que nem tudo são flores.
Segundo o deputado, sua filiação ao MDB ainda depende de Walter Alves cumprir o que foi prometido. E qual foi a promessa? Ubaldo foi direto: a garantia de uma boa “esteira” para fortalecer a nominata, que deverá contar com sete deputados já de mandato.
A lógica é simples: Walter e o presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira, articulam a filiação desses sete deputados e de outros nomes considerados fortes, mas que não ameacem os atuais mandatos. A meta é formar uma nominata de 25 candidatos, apelidada de “chapão”. A estratégia é dar segurança aos parlamentares de que haverá votos suficientes para garantir ao menos sete vagas na Assembleia, assegurando assim suas reeleições.
O grande desafio, no entanto, é que pré-candidatos com potencial de votos dificilmente aceitarão entrar em uma chapa tão competitiva, o que torna a tarefa de Walter e Ezequiel ainda mais difícil.
De acordo com Ubaldo, sua filiação ao MDB só deve ocorrer na janela partidária de março do próximo ano. Até lá, ele quer verificar se Walter cumprirá o combinado. Sem a “esteira” prometida, cada deputado poderá buscar alternativas mais viáveis. Ubaldo afirma que outros parlamentares que também conversaram com Walter compartilham da mesma preocupação.
