Há um burburinho muito forte em Natal apontando o ex-senador José Agripino como o homem incumbido de convencer Rogério Marinho a desistir da disputa pelo Governo do Estado. Para isso, Agripino estaria se associando ao prefeito Paulinho Freire.
A missão da dupla é defender a união da oposição no RN e oferecer ao PL de Rogério as compensações políticas necessárias. O argumento que está indo para a mesa de negociação é que se for mantida a divisão, no mímimo a oposição está entregando uma cadeira de senadora para Fátima Bezerra.
Em entrevista recente em Natal, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, abordou a divisão na oposição e deixou a entender que a articulação pela unidade está sob a responsabilidade de Agripino. Ele também mencionou que o ex-senador estaria conversando com Paulinho Freire sobre o tema.
O entendimento corrente é que Paulinho Freire mantém sua palavra de apoiar Rogério Marinho em 2026, e que a articulação pela união da oposição não representa uma traição, mas uma tentativa de evitar riscos eleitorais. Paulinho já sinalizou a Agripino — que repassou a informação a Allyson — que não há possibilidade de o PL se aliar ao palanque do União Brasil se a senadora Zenaide Maia for mantida como candidata ao Senado na chapa de Allyson.
Além da questão Zenaide, outro obstáculo relevante é a postura do senador Styvenson Valentim, que tem sido crítico e agressivo em relação ao prefeito de Mossoró. As conversas ainda não chegaram à fase de definição de chapa; por enquanto, estão centradas em cláusulas de barreira e possíveis arranjos partidários.
Apesar do esforço de Paulinho e Agripino para unificar os dois palanques oposicionistas, ainda há pouca luz no fim do túnel. Muita gente tem reagido com resistência e desconfiança às tentativas de costura política.