Aliados de Waltinho defendem cautela e rejeitam pressão e prazo do PT

Enquanto os governistas estão profundamente irritados com o vice-governador Walter Alves, o grupo mais próximo a ele avalia que é o próprio Walter quem tem razões de sobra para estar magoado com o tratamento recebido por parte do governo.

Segundo relatos colhidos junto a diversas fontes, o sentimento de Waltinho em relação a não assumir o governo só teria surgido após ele identificar integrantes da gestão acelerando entregas, ampliando gastos sem lastro financeiro e, na avaliação dele, preparando uma bomba para ser lançada em abril no colo do vice-governador.

Walter também não gostou da forma como o PT reagiu depois que o noticiário sobre as finanças do Estado veio à tona. Na visão dele, não há culpa pessoal na situação: ele apenas teria identificado um problema real, que já existia.

O vice-governador não está disposto a ceder à exigência de que defina, até o fim do ano, se assumirá ou não o governo quando Fátima Bezerra renunciar. O entendimento entre os emedebistas é de que não há obrigação legal ou política de antecipar essa decisão. Para esse grupo, Waltinho tem até o momento da renúncia para avaliar as finanças do Estado, a conjuntura política e, só então, decidir se assume ou não o comando do Executivo.

O impasse, portanto, está criado. O PT pressiona por uma definição imediata, pois não quer permanecer em um limbo no planejamento político de 2026. Já Walter sustenta que não precisa se posicionar agora, uma vez que muita coisa ainda pode acontecer até abril.

Há um pré-agendamento para que Walter Alves e a governadora Fátima Bezerra sentem à mesa nos próximos dias, possivelmente ainda neste final de semana. A expectativa, dos dois lados, é por uma conversa franca e decisiva.

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