Após entrevista de Garibaldi, nome de Ezequiel para o governo ganha força

As vozes que ecoam na base aliada do Governo do Estado apontando para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira, como o candidato ideal do governismo para disputar a sucessão da governadora Fátima Bezerra, em 2026, estão cada vez mais audíveis.

Desde o final da semana passada, essas manifestações têm se intensificado. Diante da inércia na pré-candidatura de Cadu Xavier (assunto do próximo post), o nome de Ezequiel surgiu como uma nova alternativa.

A entrevista recente do ex-governador Garibaldi Alves Filho, afirmando que há a possibilidade de o presidente da Assembleia assumir uma candidatura ao governo, soou como um rufar de tambores para essa nova realidade. Segundo Garibaldi, a aliança entre Walter Alves e Ezequiel Ferreira deverá ser fortalecida, o que implica na possibilidade de Ezequiel ser o candidato.

A situação chegou a um ponto em que apenas uma ação imediata e clara de Ezequiel, negando publicamente essa possibilidade, seria capaz de silenciar o movimento que deseja vê-lo candidato. Caso contrário, mesmo sem confirmação, o simples silêncio do deputado será interpretado como um sinal de que algo está em andamento.

A entrevista de Garibaldi serviu como um divisor de águas. Todos sabem o quão polido o ex-governador é nesse tipo de declaração, raramente sendo taxativo ao tratar de possíveis candidaturas — a menos que, de fato, algo já esteja sendo articulado. Ao afirmar que é possível vermos Ezequiel como candidato ao governo, Garibaldi fez uma confirmação pública de que não estamos apenas diante de um balão de ensaio ou de mera especulação.

Já há quem diga que Walter Alves renunciará ao governo imediatamente após a renúncia de Fátima, prevista para abril de 2026, e passará o comando para Ezequiel, que assumiria como o nome da vez na linha de sucessão. Mas não é bem assim.

O STF já decidiu, desde 2022, que, no caso de dupla renúncia do governador e do vice, haverá uma eleição direta ou indireta para eleger o novo governador. Mesmo que Ezequiel articulasse um processo de eleição indireta na Assembleia, confirmando seu nome para o cargo, a estratégia seria considerada arriscada. Além disso, a aliança entre Ezequiel e Waltinho indica um grau de confiança entre ambos, tornando desnecessária essa engenharia política.

Na mente dos que estão “montando nas tábuas da lei” os nomes que comporão a chapa ideal do governismo para 2026, todas as vagas já teriam seus ocupantes: Ezequiel para o governo, Cadu Xavier como vice, Fátima e Zenaide para o Senado. Falta apenas combinar com os russos.

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