Declarações de Ezequiel incomodam Governadoria e acendem sinal de alerta

Já escrevi aqui no blog sobre as declarações do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, a respeito das eleições de 2026. A rigor, Ezequiel repetiu alguns mantras políticos, como: “Se o povo quiser, serei candidato” — nada que, de fato, abalasse as estruturas.

Mas, pelo que apurei, algumas frases não foram bem recebidas na Governadoria. Duas em especial causaram incômodo:

  1. “Sou contra as candidaturas que nascem do bolso do paletó, porque elas não representam o sentimento popular.”
  2. “Caso meu nome seja ventilado, por um lado ou pelo outro, irei analisar.”

A primeira frase foi lida por muitos como um recado direto contra a candidatura de Cadu Xavier, do PT — vista como uma escolha pessoal do governo, sem respaldo popular.

A segunda foi interpretada, dentro do núcleo da Governadoria, como um sinal claro de que Ezequiel está aberto ao diálogo com ambos os lados do espectro político, inclusive a oposição.

Para tentar apagar o incêndio, o secretário-chefe da Casa Civil, Raimundo Alves, acabou fazendo, mesmo que involuntariamente, uma espécie de cobrança pública de fidelidade ao presidente da Assembleia:

“Nesses anos todos, aprendi a confiar na palavra de Ezequiel, e o que tem sido dito por ele é que vai estar no projeto de Cadu”, afirmou.

Embora o episódio não seja motivo para racha — no máximo, rendeu algumas caras feias —, o fato é que, daqui pra frente, cada palavra dita publicamente terá mais peso. Tudo tem

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