O dilema de Tarcísio de Freitas: ser ou não ser

Tenho tentado me colocar no lugar do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para entender quais devem ser seus pensamentos diante dos desafios que o aguardam. E não são poucos. Vamos aos principais:

  • Escolher entre disputar a Presidência da República ou buscar a reeleição ao governo estadual. A primeira opção é arriscada; a segunda, um caminho mais seguro.
  • Convencer Bolsonaro de que realmente deseja vê-lo de volta ao poder.
  • Lidar com a pressão dos mercados financeiros e da grande mídia, que já o apontam como favorito para 2026, mas exigem que o projeto seja articulado desde agora.
  • Evitar que um possível rompimento com Bolsonaro o transforme, aos olhos do eleitorado, em um ingrato que só pensa em seus próprios interesses.
  • Considerar o fator tempo: caso decida concorrer à Presidência, precisará renunciar ao governo estadual até abril de 2026, sem possibilidade de adiamento.
  • Definir se participará dos próximos eventos convocados por Bolsonaro contra o STF, as urnas eletrônicas e a democracia.
  • Escolher em qual partido disputará as eleições de 2026 – PL, PSD ou Republicanos.

A lista poderia continuar, pois as preocupações do governador paulista são muitas. Nenhuma dessas decisões é simples.

E, para completar, Tarcísio ainda tem que dormir e acordar ouvindo Bolsonaro repetir que seu Plano A é Jair, seu Plano B é Messias e seu Plano C é Bolsonaro.

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