Há uma expectativa de que, até o final deste mês, PP e União Brasil assinem o acordo para formação de uma federação. Os dois partidos passarão a atuar de forma conjunta, com as mesmas bandeiras e seguindo uma só orientação, como se fossem uma única legenda. As conversas já estão na fase final, e ambas as siglas confirmaram que o acordo está praticamente fechado.
A regra das federações exige que sejam formadas por dois ou mais partidos políticos e tenham duração mínima de quatro anos, com prazo final indeterminado. Para participar das eleições, a federação precisa ter o registro aprovado pelo TSE até seis meses antes do pleito. Além disso, deve possuir um estatuto próprio, com regras claras sobre fidelidade partidária e punições para quem não seguir as orientações internas de votação. As federações podem formar coligações para cargos majoritários com outros partidos, mas os partidos federados não podem se coligar separadamente com outras legendas.
A federação entre PP e União Brasil foi articulada pela cúpula nacional, que definiu a situação de cada estado. No Rio Grande do Norte, o poder decisório ficará com o grupo que está no União Brasil, e o grupo do PP terá que se submeter.
Na prática, a federação representa um grande obstáculo aos planos do deputado federal João Maia, que atualmente comanda o PP no Rio Grande do Norte. Ele vinha negociando alianças para 2026 e impôs como condição, em um eventual acordo, a indicação de Shirley Targino — ex-prefeita de Messias Targino — para vice-governadora ou como candidata ao Senado.
Com a formação da federação e a palavra final ficando com o União Brasil, João Maia deixou a posição de capitão do navio e passou a ser apenas mais um tripulante.