Fico imaginando em que momento o vice-governador Walter Alves começará a dar contornos ao seu futuro governo. Se ele já está, sozinho em seus pensamentos, escolhendo os novos secretários — quem fica, quem sai. Fico imaginando o que se passa na cabeça do vice-governador neste instante. Sua decisão já anunciada de que não será candidato à reeleição mostra que Waltinho já tem clareza sobre muitos dos passos que pretende dar.
É certo que Walter não tem o perfil de pau-mandado. Ninguém acredita que ele assumirá o governo e ficará recebendo recados de Fátima Bezerra sobre o que fazer, quem nomear, o que assinar ou quais obras aprovar. Não, não será assim. Walter tem uma postura diferente disso.
Também é certo que a ascensão de Walter Alves não se dará exatamente no dia 3 de abril de 2026, data em que Fátima entregará sua carta de renúncia. Tenho para mim que, já no apagar das luzes de 2025, Walter estará nos bastidores montando sua equipe, pensando na estratégia que adotará durante os nove meses de gestão e definindo suas prioridades políticas.
A pergunta que muitos me fazem é se podemos esperar alguma surpresa com Waltinho sentado na cadeira de governador. Uma pergunta difícil de responder. Haverá muitas cobranças, expectativas geradas, acordos selados, interesses diversos e muita pressão. Mas, como já disse antes: Waltinho tem estatura. Não é um mero pau-mandado.