O atual período chuvoso tem deixado o solo fértil e propício para o plantio. E não apenas na agricultura: também na política o tempo se mostra fértil. Não faltam notícias sendo plantadas, na expectativa de ver o que irá germinar. A cada chuva que cai, um novo plantio se inicia.
O fato mais recente é a discussão surgida nas hostes bolsonaristas aqui no solo potiguar, sobre quem poderia ser o candidato ao governo do Estado caso o senador Rogério Marinho venha a integrar uma chapa nacional — seja como candidato à Presidência da República ou à Vice-Presidência.
A primeira opção, conforme o vozerio mais estridente, seria o senador Styvenson Valentim (PSDB), que abriria mão da tentativa de reeleição ao Senado para se lançar em uma nova aventura no Executivo. O próprio Styvenson, contudo, não é entusiasta dessa ideia e já deixou claro a alguns apoiadores que sua pretensão é, de fato, a permanência no Senado.
O segundo nome na lista é o do ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias, que já se anunciou como pré-candidato ao governo, mas que, por ora, parece uma voz clamando no deserto. Álvaro contaria com o respaldo do atual prefeito de Natal, Paulinho Freire, que atuaria como uma espécie de patrono em favor do ex-prefeito.
Em terceiro lugar nas citações, fala-se que o PL poderia tentar uma reaproximação com o prefeito de Mossoró, Alysson Bezerra, buscando ter um nome mais competitivo para a disputa. O entrave nessa possível aliança é a senadora Zenaide Maia, aliada de primeira hora de Alysson, cuja linha política mais progressista contrasta com o bolsonarismo.
Por fim, há quem defenda que Paulinho Freire poderia ser convencido a renunciar à prefeitura para concorrer ao governo do Estado. No entanto, essa hipótese é considerada difícil, pois Paulinho estaria, nesse cenário, ultrapassando a fila do União Brasil, partido no qual Alysson ocupa posição de destaque.
Embora tudo ainda não passe de especulação, o fato é que, se Rogério Marinho cogita desistir da disputa pelo governo, precisará desocupar o espaço o quanto antes, para que outro possa chegar e assumir a posição. Por ora, há quem deseje aproveitar a terra fértil para iniciar o plantio, aguardando para ver o que irá florescer.