Ao fazer uma leitura mais cuidadosa dos movimentos no xadrez político do estado, percebe-se duas jogadas recentes — uma do grupo governista e outra da oposição — ambas tendo como alvo o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra. Foram dois movimentos que, em essência, fecharam as portas para Allyson.
No momento em que analistas políticos apontavam que o petismo poderia, em breve, ser obrigado a traçar um plano B — surgindo, inclusive, hipóteses de alinhamento com o prefeito de Mossoró —, o secretário da Casa Civil, Raimundo Alves, foi rápido em declarar que não enxergava a possibilidade de o governismo firmar aliança com Allyson.
O pré-candidato ao governo pelo PT, Cadu Xavier, seguiu a mesma linha e afirmou que o assunto não vinha sendo tratado como viável dentro do grupo governista.
Para selar de vez o fechamento das portas da esquerda para Allyson, surgiu o plano B do governo, com a citação do nome de Ezequiel Ferreira para encabeçar a chapa. Ou seja, nenhuma chance de alinhamento entre o governismo e o prefeito de Mossoró.
O outro movimento no tabuleiro político veio da oposição, também com o objetivo de barrar Allyson. O senador Styvenson Valentim já havia declarado que não tinha nada a tratar com o prefeito. A ele se somou Rogério Marinho, que, em entrevistas, tem citado os nomes considerados pela oposição para disputar o governo, excluindo sistematicamente o nome de Allyson. Álvaro Dias, por sua vez, já havia dito que o prefeito de Mossoró ainda é jovem demais para disputar o cargo.
Percebe-se, claramente, que tanto governistas quanto oposicionistas não cogitam incluir Allyson Bezerra como opção de aliança para o governo em 2026.
Há um propósito comum entre os dois grupos: excluí-lo. Ambos os lados parecem não acreditar na viabilidade do prefeito como uma terceira via e deixam claro que não vão facilitar o jogo. Com as portas fechadas, Allyson terá muitos desafios pela frente para construir um caminho próprio.
Só o tempo vai dizer se isso é bom ou ruim para Allyson. Há pessoas próximas ao prefeito que entendem que não pertencer aos dois extremos seja a melhor trajetória para uma terceira via, justamente porque no histórico político do prefeito, ele nunca encontrou portas abertas
